terça-feira, 13 de abril de 2010

Excesso de TV pode prejudicar a saúde

Como já dizem as boas línguas, tudo em excesso prejudica a saúde e com a televisão o conceito não é diferente. Dados do Instituto Marplan Brasil do primeiro trimestre de 2004 mostram que 98% da população acima de 10 anos assiste à TV pelo menos uma vez por semana. Segundo projeção do Grupo de Mídia para 2004, mais 88% dos domicílios do Brasil, possuem um ou mais televisores.

De acordo com o IBGE [1] 40% da população brasileira passa mais de 3 horas do seu tempo de lazer na frente de um aparelho de TV e 98% da população acima de 10 anos já assiste à TV pelo menos uma vez por semana. Logo pode-se concluir que este hábito vem de berço, os filhos vão adquirindo com os pais e passando para seus adiante.

O preocupante é que muitas vezes o tempo que deveria ser dedicado a um exercício físico, normalmente é direcionado para um filme, novela e outros programas. De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE no Rio de Janeiro, apenas 21,9% das mulheres afirmam praticar atividade física, enquanto 35,1% dos homens disseram que se exercitam diariamente.

Esses resultados podem ser uma justificativa direta para o aumento do numero de pessoas depressivas e de doenças crônicas.

Como já citado acima, este hábito começa cedo e pode prejudicar o desenvolvimento de uma criança. Segundo uma pesquisa realizada na Escócia envolvendo 1.486 crianças com idades entre 4 e 12 anos, avaliou a presença do estresse psicológico através de um questionário específico, respondido com a ajuda dos pais. Globalmente, 4% das crianças foram classificadas como tendo níveis anormalmente elevados de estresse psicológico.

Após análise estatística, crianças que assistiam televisão por mais tempo, quando comparadas com aquelas que assistiam por pouco tempo (menos que 90 minutos por dia), apresentaram escores significativamente maiores de estresse psicológico. Da mesma forma, as crianças com um elevado nível de atividade física (mais de 10 sessões semanais com duração de pelo menos 15 minutos) quando comparadas com as crianças com um baixo nível (menos de 6 sessões semanais), tiveram escores significativamente menores de estresse psicológico.

Excesso de televisão e inatividade física aumentavam o risco relativo de angústia psicológica em crianças, na ordem de 45% e 64%, respectivamente. A análise demonstrou que estes dois hábitos inadequados de vida exerciam também efeitos aditivos.

Pode-se dizer que outro fator de mudança da sociedade por causa do excesso de TV é a mudança de hábitos alimentares. Como o aparelho de TV é um dos mais importantes veículos da globalização, as empresas alimentícias se aproveitam para fazer um determinado sanduíche ou bebida como um padrão uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB) indicou que as propagandas de alimentos sugerem opções nocivas ao consumidor. Entre 2008 e 2007, o estudo acompanhou 20 horas diárias da programação de canais de TV abertos e fechados. Concluiu que 72% das campanhas publicitárias estavam relacionadas a opções com altos teores de gordura, açúcar e sal. Nos canais para o público infantil, a pesquisa ainda identificou que 50% das propagandas eram de alimentos – justamente o público mais susceptível aos anúncio apelativo por não ter capacidade para distinguir adequadamente entre o que é saudável e o que não é. E de acordo com a pesquisa realizada cerca de 48,5% da população possuem o hábito de realizar suas refeições assistindo TV. Isto pode prejudicar na digestão dos alimentos, dependendo do que esteja assistindo, a liberação de hormônios que prejudicam a digestão do alimento, e a pessoa não mastiga o necessário para as outras etapas da digestão.Juntando com horas a fio na frente da TV, o resultado é que 51% dos brasileiros têm sobrepeso, 14% são obesos e 3% são obesos mórbidos[2].

Logo pode-se concluir que o excesso de TV tem afetado diretamente hábitos alimentares e comportamentais da população, hoje existem pessoas com muito mais dificuldade em se comunicar, apresentar-se em público e se expressar por causa do desperdício de horas a frente de uma TV, pois o tempo que poderia estar se exercitando e também tendo contato com outras pessoas, é utilizado para assistir a um programa, sem falar das relações familiares que são enfraquecidas pela falta de diálogo, pois como já citado acima as pessoas utilizam 3 ou mais horas do seu tempo livre para assistir TV, ou seja, ao invés de conversar com seus filhos, suas esposas e seus maridos, esse tempo é dedicado a uma programação de TV.

Para uma vida saudável, como foi iniciado o texto, é necessário não haver excessos e organizar o tempo dedicado a programações de TV, observando principalmente as crianças que ao invés de herdar péssimos hábitos de desperdício de tempo na frente da TV, possam adquirir hábitos de se de cuidar de sua mente e suas saúde física, dedicando-se a um esporte, algo que ajude a desenvolver sua personalidade e também fisicamente.

Referencias:

[1]http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1580&id_pagina=1

[2]http://www.abeso.org.br/reportagens/pesquisa_pop_brasi_obesidade_morbida.htm

[Texto base]http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u2833.shtml

http://portaldocoracao.uol.com.br/materias.php?c=saude-mental&e=3118

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